“Que escrever era difícil. Que durante muito tempo – anos, décadas – não podia viver nesse outro universo que era a escrita. Que trabalhava como professora, tratava dos filhos, ia ao supermercado e cozinhava. Que essa vida lhe trazia sofrimento. Que lhe faltava sempre o tempo ou a força para escrever. Que nessa fase pensava em desistir de escrever. Que sentia estar a estragar a vida do marido e dos filhos. Que nunca se perguntava o contrário: se seriam eles que estragavam a vida dela.”